
Nos últimos doze meses, o mercado de marketing digital no Brasil experimentou um salto impressionante, registrando um crescimento de 30%. Este boom não é apenas um número em um gráfico, mas um reflexo direto de uma transformação profunda no comportamento do consumidor e nas estratégias das empresas. Com a digitalização se tornando uma necessidade, e não mais uma opção, as marcas estão correndo para conquistar seu espaço online, investindo quantias bilionárias em um ambiente que se prova cada vez mais decisivo para a sobrevivência e o crescimento dos negócios.
A expansão do setor está diretamente ligada a uma mudança de mentalidade. O consumidor de hoje não se contenta em apenas pesquisar um produto ou serviço na internet; ele vive online. Onde antes as empresas investiam majoritariamente em mídias tradicionais, hoje a balança pende para o digital, que se tornou o palco principal da comunicação. De acordo com dados recentes da IAB Brasil, os investimentos em mídia digital no ano anterior atingiram a marca de 37,9 bilhões de reais, o que corresponde a 74% de todo o orçamento de marketing no país. Isso demonstra que as marcas reconhecem que o público está nas plataformas digitais e que é lá que a batalha por atenção e engajamento é travada.
Essa virada de jogo tem implicações significativas, especialmente para as pequenas e médias empresas. A especialista em marketing digital Priscila Ipirajá destaca que “o consumidor de hoje não apenas pesquisa online, ele vive online. Empresas que ainda resistem em investir em presença digital estão, na prática, se tornando invisíveis para seu público. O marketing digital é uma questão de sobrevivência, e não apenas uma ferramenta de crescime1nto”. Essa fala resume bem a urgência do momento. O que antes era um diferencial competitivo, agora é o mínimo para se manter relevante no mercado.
O crescimento do setor também se apoia em estratégias mais acessíveis e eficientes que se popularizaram. As PMEs, que antes viam o marketing digital como um campo restrito a grandes corporações, agora têm à disposição um vasto leque de ferramentas. O segredo, segundo Priscila Ipirajá, está em “alinhar automações com um posicionamento de marca autêntico, criando conexões reais com o público”. Ela ressalta que o marketing de influência, os vídeos curtos e as automações de relacionamento são hoje as grandes apostas para quem busca crescer sem perder a proximidade com o cliente.
Apesar do avanço tecnológico e da crescente presença da inteligência artificial para otimizar processos e análises de dados, a especialista faz um alerta: o fator humano continua insubstituível. Ela enfatiza que “a tecnologia ajuda a escalar, mas a essência do marketing continua sendo contar histórias, gerar identificação e resolver dores reais do cliente. Isso nenhuma IA consegue fazer sozinha”. A expectativa para os próximos anos é que o setor continue em franca expansão, com as empresas cada vez mais focadas em personalização, atendimento ágil e em experiências imersivas que combinam o poder da tecnologia com a autenticidade da comunicação humana.